Não existe samba da Gaviões que não exalte a agremiação em seu refrão principal, e isso não seria diferente agora, 3 simples versos com palavras simplórias, mas que cativam o mais exigente ouvinte a primeira audição.
Chegando a primeira estrofe, surge uma das principais sacadas do samba: A contextualização. Sem versos soltos apenas para preencher espaços melódicos, a história é contada fielmente, sendo possível a compreensão do enredo sem prévia leitura de sinopse.
Mais um belo momento da obra fica por conta do falso refrão central, métricas parecidas, mas que são usadas para contar diferentes passagens do enredo, abordando a vinda de diferentes raças a região!
Á exemplo da Dragões da Real, também é um samba curto, apenas 1:47 por passada, facilitando ainda mais o canto, o que nos faz chegar rapidamente a última estrofe, que deixa de lado a lenda dos Guarus, para abordar o progresso de Guaralhos e sua importância na economia estadual.
A Gaviões é uma escola de peso e tradição inestimáveis ao samba, mesmo quem seja contra a integração Futebol-Carnaval, admite sua contribuição no crescimento da festa e que sem a Gaviões, hoje não teríamos outras escolas ligadas a clubes de futebol na elite do samba e grandes desfiles que essas proporcionaram. Por isso, e muito mais, após 7 anos longe do desfile das campeãs, a Gaviões aposta no misto de toda a tradição de Ernesto Teixeira, e a renovação de idéias trazidas por Sidnei França, para voltar ao seu auge no Carnaval!
Texto por: Pedro Carmo
Revisão: João Salles
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